sexta-feira, janeiro 05, 2007

Amor e Sexo


Este é o meu improviso
Em que tento disfarçar
A questão que me atormenta
Rastejemos então nela...

Será sexo e amor a mesma coisa?
Terão de andar sempe unidas?
Uma implica a outra?
Há amor sem sexo?
E o oposto?

Eu consigo amar sem sexo
E sexo sem amar
Penso que esse
Não deve ser levado tão a sério

Não que seja demasiado liberal
A tua beleza é intensa

Mas aquela sensação
Aqueles momentos fugazes
Com outros, desconhecidos...
Não me faz pensar duas vezes
E sabem porquê?

Porque o sexo é isso mesmo
Fugaz...

Tal como a paixão,
que vem e volta

Enquanto o amor, esse...
É intenso e eterno
Construido por nós
E nada suplanta isso
Mesmo esses míseros segundos...
De uma pequena morte

E morte terei se continuar
A saborear amor e sexo sempre de mãos dadas
Pois neste meu mundo
Essa fase já passou
E tanto eu sofri...

Mas agora... NÃO!
Pois sou um novo homem
E agora, tenho fome demais!
É por amor sim!
Por amor me entrego à vida!

Ouvi dizer...


Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer
:E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!

Por: Ornatos Violeta

E...em especial para ti, AVEIRO
Não consigo viver aqui
Quero estar ai!

Auto-estrada


Senta-te um pouco

Vê se consegues...

Volta à normalidade
Dá a volta, não iludas!

A vida é uma estrada
E se a minha realmente fosse o que fosse?

Seria uma auto-estrada
Sempre em movimento
Ligada por laços
Com constantes infrações
E acidentes
A cada segundo não assinalado
Como uma vida não declarada

Vivida a alta velocidade
Sem tempo para parar
respirar ou saborear
uma boa paragem

Mas nem todos os sinais estão correctos
E erros dão-se quer em rectas
quer em curvas,

Porém quem conduz sou eu
E por enquanto
Tenho nas mãos o meu destino

Por isso
Não me dêem regras
Sou intocável

(Então e tá feito ou não?
Mais que feito!)