domingo, dezembro 03, 2006

Mal-estar social (eu e ele)


(É pena
Não poder viver
Dentro de mim
Ou até esquecer
Por dentro de ti)

Bebo
Fumo
Penso (ao ponto que cheguei)
Sofro

Males sociais
Nem pouco ou muito serão aqueles
Bem…

São tantos os que me fazem sofrer
Mas, vamos embora daqui
Pois, sinto-me sempre tão só
Nas noite de aço
Que me fazem aquecer
A teimosia do registar das páginas
De cada voo meu

Só tu me lembras que devo ainda viver
Neste frio mundo onde me rendo aos seus vícios

A luz, não é a minha cruz.

É uma grande festa de mau gosto,
Um circo, onde palhaços e outras feras
Me fazem temer no pensar
Que se serei eu o único a ver e perceber?

Será?
Será que eles não quererão melhorar este mundo também?
Novos horizontes, objectivos?
Novas esperanças? Um novo sol, que tape esta noite,
Este escuro?
Não, quebramos todos, aliás já nem em ti
Eu me encontro.
Sujo.
Porco.
Mau.

Cúmplice?
Destas guerras e conflitos?
Porquê nações?
Porquê estas questões?
Porquê tantas perguntas?

Porque é que não encontro respostas?
Será sempre esta a minha sina?

Pois, amanhã é outro dia…
E lá irei eu outra vez
Como nada se passasse
Como nada se tivesse passado

No fundo é só rastejar
Que me faz bem
Implorar, gemer, chorar,
Sangrar, afogar, sacrificar,
Sufucar, torturar, arranhar,
Desfazer, comer, arrancar...
Mostrar...

(Cada vez mais aqui
Eu penso em parar
Cada vez mais aqui
Eu penso em acabar)