Sangue que ficará

São integração
Ponte que liga duas margens
Negros como a noite
Em dias estonteantes
São grupos, bandos que
Nos fazem lutar com o lógico
e tiram a dignidade
de fingir e remar no inútil
Não nos olhem assim
Continuaremos a ser quem fomos
Mas sempre assim
Até ao nosso enterro
Também eu cria parar
Para me levantar
Para sorrir
Para não voltar a cair
Calor, apoio, cenário
Aclamam o teatro do seu traje
Que não passa de uma miragem
Com vergonha de gritar
O planear das suas histórias
que nos fazem tremer ao pensar
O repetir das memórias
Que sabemos não serem nossas
Porque nunca deixaremos de lutar
Vamos ensaiar a conveniência do improviso
O artificio daqueles gestos
Para fugazmente irmos ao encontro
Da união
Repetirão os sobreviventes
a tradição salgada
desta encruzilhada brutal
Em que vamos vivendo
Andando ai
Perdendo tudo aquilo que nunca fomos
Ainda bem que não resisti
Pois és tu o meu chão
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